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Me leva pra casa


Aqui escrevo entre linhas entrelinhas que logo alcançarão ideias sentindo a alma. Letra por letra. Tic por tac. Dia por noite. Longe quero estar aqui neste lugar, flutuar sem os pés tirar do rumo à tomar que entoa o pulsar do que o Criador pincela em mim. Além da sublime neblina a embaçar o que preciso embasar meu louco respirar. Embarque na minha, minha vontade de não ter vontades superiores ao que não direciona meus cabelos ao vento segundo o propósito que tem que se concluir. Cumpra-se, então, o que tem que. Faça-se logo o agir no céu noutra ótica da periódica rotina do ir e vir e ir mais do que se toca, logo assombra, mas o desafio clama, chama, acalma, vem, venha. Venta muito, gira, pira, para! Para logo! Pare! Aquieta-te. Oi? Quê? Medo. Nada vejo. Corre em mim o desejo. Quero. Venha. Abraço. Embaraço. Afago. Amparo. Luz. Ah. É óbvio! No fim ou será no começo do túnel que ecoa em meus ouvidos? Brilha, vai e vai. Ai! Doi! Foi! Que medo. Receio. Temo. Enfrento. Ordenou-me. Confio e vou. Voou. Aqui estou, no aqui do agora que já se foi neste exato momento. Paz pulsante, medo ignorante por não me conhecer, não saber a quem devo pertencer. Logo agradeço. Por causa dele encontrei e tenho me encontrado. Já sei para onde andar. Trilho na trilha do Seu luar louco a enfrentar a calmaria que em mim clama por ficar e para sempre. Poema. Poeta. Artista. Simples. Mente. Fique. Fique. Foque e me leva pra casa. Tão perto de quem me quer bem. Paz que sempre poetizará tão poeticamente. Seja poético, caro poeta, como já o é. Mais poesia, mais ousadia, mais sinestesia. É sinergia. Tudo vem dEle. Chega. Não. Vá. Pense. Despense. Repense. Dispense. Não vai acabar. O ponto quer. Mas não. Não vá. Venha e me leva pra casa. Oásis. Lar.


Amanda Moro   

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